Por que isso aconteceu? Por que a direção do movimento, que pretendia apenas uns 4 dias de protesto, para exaltar sua força e poder, não tinha uma pauta a negociar, tinha uma colcha de retalhos de queixas que, por si só, não justificariam uma greve de tamanha envergadura, repercussão e responsabilidade. Foi o maior fiasco da história da categoria. Fomos reduzidos a pó. Até o fim da terceirização, conquista consolidada, foi perdida.
É hora de mudar, não aceite mais a continuidade de quem mostrou não ter competência política e nos impingiu tamanha derrota!
Não teremos esse tipo de relação com nossos eleitores (foto). Não se faz qualquer coisa para ser eleito e a ANMP não pode ser tratada como um templo rentável.
Colega, não se engane com discursos, com visitas e telefonemas que só pretendem confundí-lo para obter seu voto. Seja crítico e analise a situação em que nos metemos!
(Foto: candidato derrotado em MG Hélio Costa em busca de votos dos evangélicos)
Adesivismo não é apoio, revolta geral não é consciência, protocolizar não é negociar e a forma de manter sócios não é o ajuizamento de ações.
União só se dá em torno de ideias e apoios só existem se houver projetos (que falem ao coração) compartilhados. Sem nada disso, apenas o desejo de ser salvador da lavoura, o rei da cocada preta, o dono do patrimônio, só leva a fracassos.
A falta de debate interno e a falta de solução de problemas varridos para sob o tapete nunca serão receita de união.
Para aprimorarmos nossa representatitividade, reerguermos nossa ANMP e voltarmos a negociar com legitimidade é preciso que a nova diretoria passe pelo crivo democrático do voto dos associados.
Na última eleição houve 8 delegados biônicos, ou seja, nomeados apenas para votar, sem qualquer representatividade de suas bases. Esses votos decidiram a eleição. Outro dos delegados, o de uma gex de SP, ausentou-se na hora de votar e seus colegas que representava não tiveram voto na eleição.
Sanar problemas como esse só não interessam a quem se beneficie das imperfeições do modelo. O estatuto atual prevê que o voto de uma gex só será computado se o delegado assinar a ata de uma assembleia*. Se ele não for, ou for convencido a não assinar, a vontade dos eleitores estará fraudada.
Hoje os sócios da ANMP querem votar e há vários meios democráticos de conduzir essa votação. Os delegados atuantes estão se aglutinando para rever o estatuto e têm pleno poder para isso em uma AGE soberana convocada por eles e presidida por eles. Isto sim, está no estatuto social da ANMP que deve ser respeitado.
Judicalização da ANMP
As questões associativas devem ser resolvidas politicamente. Isso se aplica tanto para as questões internas quanto externas. Uma entidade como a nossa não pode acreditar que tenha que resolver tudo por via judicial; não pode ter um departamento jurídico mais forte que um departamento político! Não pode protocolizar ofícios apenas para marcar posições. As assembleias da ANMP são conduzidas e decididas pela diretoria que, quando questionada, pede uma sentença (não um parecer) do seu advogado (da diretoria; não da categoria). Política é feita com entendimento, com base de apoio interno e externo.
Assembléia HISTÓRICA
A diretoria opressora não se deu por vencida e anunciou que não acolherá a decisão da assembléia soberana e regularmente constituída. Assim sendo, a maioria absoluta dos presentes assinou procuração para que escritório de advocacia do DF acione a Justiça para fazer valer os direitos estatutários da maioria.